O Governo Federal anunciou alterações importantes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), com o objetivo de economizar R$ 2 bilhões por ano e melhorar a gestão do benefício. As mudanças incluem novos critérios de renda, recadastramento obrigatório e a exigência de biometria para novos benefícios.
Confira como essas mudanças impactarão os beneficiários e o que você precisa fazer para manter o benefício.
O que é o benefício de prestação continuada?
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma política pública que garante um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social.
Para receber o BPC, é necessário que a renda per capita da família seja igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo.
Com as novas mudanças anunciadas, o governo busca fortalecer os mecanismos de controle e garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa.
Quais são as principais mudanças no BPC?
A partir de 2025, o governo implementará mudanças significativas no BPC, incluindo:
Inclusão de novas rendas no cálculo familiar
- A renda de cônjuges que não moram na mesma casa e de familiares como filhos, enteados e irmãos passará a ser considerada no cálculo da renda per capita.
- Para uma mesma família, a renda de um benefício será computada para acesso a outro, o que pode dificultar a concessão de novos benefícios.
Recadastramento obrigatório
- Beneficiários com cadastros desatualizados há mais de 24 meses serão obrigados a realizar a atualização.
- O recadastramento incluirá informações detalhadas, como o Código Internacional de Doenças (CID), que é essencial para validar o benefício de pessoas com deficiência.
Biometria para novos cadastros: O governo exigirá o registro biométrico para todos os novos benefícios e atualizações cadastrais, aumentando a segurança e o controle do sistema.
Economia para o governo: Segundo o Ministério da Fazenda, essas mudanças resultarão em uma economia anual de R$ 2 bilhões, contribuindo para o controle fiscal.
Quem será mais afetado?
As novas regras impactarão diferentes grupos de beneficiários:
- Idosos: Idosos que recebem o BPC poderão ter o benefício revisado, especialmente aqueles que vivem com familiares cuja renda ultrapassa o limite estabelecido.
- Pessoas com deficiência: Beneficiários que não comprovarem incapacidade para o trabalho ou para a vida independente poderão perder o benefício.
- Famílias com múltiplos beneficiários: Famílias que possuem mais de um membro recebendo o BPC poderão ter dificuldades devido à inclusão das rendas no cálculo familiar.
Documentos necessários para a atualização
Para garantir a manutenção do benefício, os beneficiários deverão apresentar uma série de documentos durante o recadastramento obrigatório.
Documento |
Descrição |
Identidade e CPF |
Documento oficial com foto e CPF regular |
Comprovante de residência |
Conta de luz ou outro comprovante atualizado |
Laudos médicos |
Relatórios que comprovem deficiência ou incapacidade |
Cadastro atualizado no CadÚnico |
Informações da composição familiar e renda |
Registro biométrico |
Cadastro atualizado na Carteira de Identidade Nacional ou CNH |
Por que essas mudanças são sugeridas pelo Governo?
O objetivo do governo é reduzir fraudes e garantir que os recursos do BPC cheguem às pessoas que realmente precisam. Além disso, as novas regras contribuem para o controle do orçamento público, reforçando a sustentabilidade fiscal do país.
Conclusão
As mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) representam um desafio para os beneficiários, mas também uma oportunidade de organizar melhor o sistema e garantir o benefício para quem realmente precisa.
Com as novas regras, é fundamental que os beneficiários mantenham seus cadastros atualizados, reúnam a documentação exigida e, se necessário, busquem apoio especializado.

FAQ
Resumo do artigo
Se o cadastro estiver desatualizado há mais de 24 meses, o benefício será suspenso até que a atualização seja feita.
A renda de parentes como cônjuges, filhos e irmãos será incluída no cálculo, mesmo que não morem na mesma residência.
O Código Internacional de Doenças (CID) é utilizado para comprovar a condição de saúde de beneficiários com deficiência. Sem ele, o benefício poderá ser negado.
O governo ainda não informou prazos específicos, mas recomenda-se que os beneficiários iniciem a atualização assim que as regras entrarem em vigor.
Tenha todos os documentos atualizados e mantenha o CadÚnico em dia. Além disso, realize o recadastramento dentro do prazo estipulado.